Com o objetivo de promover a saúde oftalmológica das crianças matriculadas na rede municipal de ensino, a Prefeitura encaminhou ao Ambulatório de Especialidades Médicas os nomes de 425 estudantes que devem passar por exame oftalmológico, neste ano. A ação, realizada por meio de uma parceria entre as secretarias de Educação e Saúde – Atenção Básica e Especializada, faz parte do Projeto Visão, iniciado em 2013, que entra agora na segunda edição. Até o momento, 98 crianças compareceram ao Ambulatório.
A previsão é que todas as consultas tenham sido realizadas até o final do mês de junho. No ano passado, a ação beneficiou 12 mil estudantes do Ensino Fundamental, que passaram pela triagem. Destes, 900 foram encaminhados para consultas com especialistas e 256 precisaram usar óculos.
Neste ano, a triagem foi feita apenas nos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental e nos estudantes de qualquer outra série que ingressaram agora na rede. Após o encaminhamento da lista feita pelas escolas, com o nome dos estudantes que precisarão passar por consulta médica, o Ambulatório de Especialidades Médicas entra em contato com os responsáveis para agendar um horário com um dos cinco médicos oftalmologistas disponíveis no local. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. A média é de 37 alunos consultados por dia.
De acordo com a coordenadora do Ambulatório de Especialidades Médicas, Marizete da Silveira Gomes Alves, o diagnóstico precoce pode fazer a diferença em um tratamento de saúde visual nas crianças. “Através desse projeto, detectamos problemas importantes. Buscamos atender essas crianças para proporcionar maior qualidade de vida a elas”, afirma.
Segundo a secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira, o projeto é fundamental, pois possui agilidade, da triagem até a consulta. “Além de diminuir o tempo para realização das consultas, podemos distinguir as dificuldades que o aluno tem na escola que, muitas vezes, não tem a ver com o aspecto cognitivo, mas com o fato de ter esse problema de visão”, destaca. “A realização do projeto nos faz buscar parcerias e incentivar a procura dos médicos pelos pais, para manter a saúde visual das nossas crianças”, conclui.
Os alunos que passam pelo atendimento precisam, algumas vezes, apenas da receita médica para comprar os óculos, que corrigirão o problema de visão. No entanto, em casos mais complexos (como glaucoma e catarata), o médico encaminha o paciente para centros de referência, como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para a diretora do Ensino Fundamental, Kelly Tamashiro, é necessário que os pais tenham a consciência da importância do atendimento oftalmológico nas crianças. “Além de ser uma questão de saúde, é um problema que pode interferir na disciplina e no aprendizado do aluno”, comenta. “O projeto é também uma ação educativa. Incentivamos os pais a levarem as crianças à consulta, pois, com o tempo, a complexidade do caso pode se tornar maior”, ressalta.
O Projeto Visão está em sua 2ª edição e, no segundo semestre deste ano, a Prefeitura pretende aumentar o público alvo, abrangendo também os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos).